sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Quando não vale a pena discutir?


Penso que exista dois níveis de discórdia: um, se dando no campo da razão, e, outro, desenrolando-se no campo da emoção. O primeiro, simples de resolver, fácil de se entrar em acordo, o segundo, muito delicado e extremamente problemático, de difícil concordância.
No primeiro, o desentendimento é de nível lógico: caminhamos por estradas racionais, lógicas e coerentes, com pouco ou nenhuma emoção. Um exemplo disso, são as contas que fazemos de quanto temos que pagar - afinal, não precisa de emoção para se chegar ao resultado de uma operação matemática ou para executar um serviço braçal.
Já na segunda, as contendas emocionais, são vivenciadas no campo dos sentimentos, envolvendo sensações e emoções, com razão ou pouco razão. Exemplo disso, são as discussões, em sua maioria, de casais, brigas de amigos e etc.
Embora ambos envolvam tanto razão como a emoção, há mais razão nas discussões de cunho estritamente lógicos, e, emoções nas discussões emotivas.
Isto se dá, por conta dos diferentes fatores envolvidos (e usados) nos debates: os pautados na razão, podem ou não, conter algum grau de emoção, a depender das pessoas envolvidas, das circunstancias e das motivações.
Já as que são baseadas muito mais nas emoções, está envolvido, não apenas aspectos (secundários) racionais, mas, principalmente, questões ligadas as emoções, como crenças, valores, sentimentos e sentidos.
Ou seja, no segundo nível, o sujeito vive a discordância com o outro, como se fosse a própria vida que estive em "cheque", sendo "ameaçada", e não apenas os argumentos utilizados para justificar e defender essas mesmas emoções.
Portanto, nas próximas vezes em que estiver debatendo com outras pessoas, pergunte antes de continuar, se o que elas estão defendendo são apenas ideias mesmos, assuntos dos quais se pode discordar, ou se são crenças, valores e sentidos pessoais, diria até íntimos, vividos como fazendo parte da própria existência.
Em caso afirmativo, não vale a pena o desgaste todo envolvido, para no final perceber, que foi também inútil, pois no domínio das emoções, qualquer argumento é mera "desculpa" para justificar (e aprofundar) crenças vividas no emocionar.

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