sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A fé na ciência como a nova religião


Quanto maior conhecimento que a pessoa tiver, mais chance ela tem de ser feliz, certo? E, quanto mais ignorante, mais triste, não é mesmo? Penso que pode ser justamente o contrário!
Se voltarmos bem atrás no tempo, lá na Grécia antiga, veremos que a origem de tal crença, ganha forças no filósofo Sócrates, que afirmava, que uma vida boa, aquela que valeria a pena ser vivida, era justamente aquela que fosse examinada.
Essa crença então foi passada de Sócrates a Platão, ganhando enorme proporção no cristianismo, que acreditava que a verdade libertava, chegando até o iluminismo, da sua fé na razão, se mantendo até os nossos dias, como uma crença de que os avanços no conhecimento (verdade) andaria de mãos dadas com o avanço de uma vida boa (a tal neurótica busca por "qualidade de vida").
Entretanto, a historia esta ai pra nos mostrar, de que a ciência e a tecnologia evoluíram sim (e muito), mas que isso não nos fez melhores, nem mais felizes - é típico da vaidade moderna, achar (autoenganar?) que hoje o ser humano é mais feliz, perfeito, puro, bonito e bondoso do que os nossos antepassados.
Ou seja: é inegável que avançamos na ciência, na tecnologia, mas isto não prova que a evolução no conhecimento anda lado a lado com o avanço nas outras áreas da vida humana, como a moral, ética, justiça, amor e etc.
A verdade por trás de todo otimismo moderno na ciência, está a fé na mesma, na humanidade, em nós, de que nós através do conhecimento, da razão, conseguiremos salvar, redimir a nós mesmos. Nada mais risível, enganoso e... (por quê não?) religioso.

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