domingo, 15 de fevereiro de 2015

Mulheres feministas e moralistas, por favor, não leiam o texto abaixo!!!

 
Fui hoje de manhã à biblioteca, no centro cultural São Paulo Sérgio Milliet, especialmente atrás desse livro: “A filosofia da adúltera”...estou devorando ele...já estou na metade...um livro escandalosamente polemico. Não indico para as feministas e puritanas de plantão, apesar de que, confesso que adoraria ver a cara de algumas lendo esse livro. (rsrs). Elas iriam passar mal e ficar horrorizadas (rsrs). Mulher pra ler esse livro tem que ser corajosa ao ponto de se permitir ser confrontada, questionada e o pior: desmascarada (rsrs). Partindo da premissa de que nele contenha algumas “verdades” que colocam elas contra parede, desmistificando e derrubando alguns mitos sobre as mulheres, que podem deixar as mulheres numa verdadeira “saia justa” (rsrs).
 
Olha essa frase que eu tirei desse livro, por exemplo:
“Este livro é escrito sob o espirito da adultera. A mulher que representa a condição humana como escrava do desejo (...) que realiza a vocação mais antiga da mulher. Que reconhece o quanto se perde em si mesma e como é autodestrutiva. Mas que ainda assim, não consegue deixar de abrir as pernas para o homem que não é seu marido, que chupa seu sexo engolindo o desejo liquido que brota dele, traindo a confiança de seu marido infeliz e de seus filhos, e que assim faz representante de toda a humanidade em sua miséria” (PONDÉ, 2013).
E ai tem certeza que quer continuar lendo? (rsrsrs)

Esse livro do filosofo Pondé é totalmente baseado no gênio Nelson Rodrigues, que de maneira bem geral, ele compara a humanidade com a mulher adultera, no sentido em que ambos são miseráveis escravos do desejo, que como dizia outro gigante da filosofia, Schopenhauer, que, grosso modo, há duas tragédias na vida: uma é a de não satisfazer um desejo e a outra é justamente de satisfazê-lo. Na primeira nós temos a frustração, já na segunda hipótese, nós temos o tedio do desejo realizado que irá gerar novos desejos e por consequência novos tédios, e assim, por diante, como no mito de Sísifo de rolar a pedra eternamente pela montanha acima, e ver ela sempre rolando pra baixo.
Pondé afirma, entre outras coisas, que o “sexo livre” hoje em dia, acaba por tirar ou diminuir o tesão, porque como tudo que é proibido é mais gostoso, “culpa e o pecado são os maiores aliados do desejo” (PONDÉ, 2013), ou seja, são ingredientes explosivos que não podem faltar numa ardente e irresistível transa. (Será que é por isso que as pessoas traem? Rsrs)

Pondé traz a historia contada por Nelson Rodrigues “perdoa-me por me traíres”, onde se inverte a logica: nele é o homem que pede e busca perdão pela traição realizada pela sua esposa justamente por ele reconhecer que a traição dela é por falta de amor dele. (mulheres traem por falta de amor?)
Outro ponto muito interessante que vale a reflexão é sobre o amor tal como esta colocado também em Nelson Rodrigues através desse livro do Pondé, onde ele traz que quando mais se ama, quando mais se quer, mais se deseja a pessoa amada, mais refém e dependente dela nós tornamos, ao ponto de ficarmos inseguros, “Ciúmes, delírios de traição, impotência de controlar o outro” (PONDÉ, 2013), porem o outro caminho oposto a esse, o da indiferença o tal “pega mais não se apega”, frase escrita agora por mim, mas que escutei de muitas pessoas, inclusive mulheres, acaba, como diria Nelson Rodrigues via Pondé, por nos “apodrecer”, ou nas palavras de Pondé “sem o tormento do amor, você apodrece – por isso só os neuróticos verão a Deus. Ou nos angustiamos ou apodrecemos, dizia Nelson” (PONDÉ, 2013).

Um pouco mais sobre o livro, pra colocar mais ainda o “dedo na ferida” (você ainda esta lendo essa postagem?! Depois não venha me xingar. Rsrs) Pondé – pra ser amaldiçoado até a quinta geração pelas feministas rsrs – levanta a questão de que mulher gosta mesmo é de apanhar na cama, de ser possuída pelo homem, ou sem suas próprias palavras que...”é da natureza feminina desejar o que dói (...) e essa vocação é a de desejar ser objeto do homem que a possui, seu dono (mesmo que simbolicamente e por algum tempo)”. (PONDÉ, 2013). (Já dizia o psicólogo Flavio Gikovate que sexo tem haver com agressividade e não com carinho. Dizia ele que se observarmos os filmes pornográficos – pra não dizer nós mesmos rsrs – as pessoas envolvidas estão com o rosto sempre tensas e fechadas, com aparência de “raiva”...será?? rsrs)

O que dizer então da “tese” do Pondé – que por sinal, dei muita risada, não por ser sem fundamento, mas muito ilharia rsrs – de que “pouco importa o que uma mulher fizer, sentir ou pensar: seus seios definem sua vida. Não é por acaso que plásticas nos seios salvam vidas. (...) Alguém poderia acusar Nelson de reduzir a vida da mulher ao seio. Claro, existem outras coisas numa mulher que a definem: pernas, boca...anos de terapia podem ajuda-la a ser algo mais do que isso” (PONDÉ, 2013).
Enfim, os homens irão adorar a leitura de “A filosofia da adúltera”, já as mulheres....
 
Marcio Alves
 
Descrição do produto e ficha técnica
Título: A Filosofia da Adúltera
Subtítulo: Ensaios Selvagens
Autor: Luiz Felipe Pondé 
Editora: Leya
Edição: 1
Ano: 2013
Idioma: Portugues
Especificações: Brochura | 192 páginas
ISBN: 978-85-8044-862-7
Peso: 280g
Dimensões: 230mm x 160mm

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