domingo, 6 de julho de 2014

Gênio Indomável segundo a teoria comportamental


O filme fala da história de Will, um jovem com uma inteligência brilhante, adquirida através de aproximações sucessivas, primeiro quando criança aprendeu a ler, depois, dedicou muito tempo a ler diversos livros, como mostra no filme, para finalmente a fazer operações matemáticas complicadíssimas, porém, possuía um comportamento operante de agredir pessoas as quais não gostava, e por isto, foi preso várias vezes, inclusive chegou a bater (comportamento operante) em um policial.
 
Na sua infância foi criado em um orfanato, onde passou por vários tipos de violência física e abusos, ou seja, um ambiente hostil que acabou contribuindo em reforçar positivamente em Will, sua agressividade e violência. Este jovem trabalhava na faxina (comportamento operante), pois não aceitava trabalhar num emprego mais intelectual, tivera uma inteligência tão aguçada a ponto de superar até mesmo um professor de matemática na universidade.
 
O enigma seria decifrar um teorema que o professor desafiou seus alunos e somente o jovem Will conseguiu decifrar. Desde então, o professor Gerry foi a procura do jovem Will, chegando até aos tribunais no qual ele se encontrava diante do juiz respondendo mais um processo por agressão, onde desta vez teve, ao mesmo tempo, uma punição positiva ao ser condenado a ficar preso, e negativa, pois foi tirada a sua liberdade. No entanto Gerry foi até a prisão propor ao jovem que mediante a autorização do juíz, ele poderia sair da prisão se o mesmo ficasse sob sua tutela, conseguisse um emprego, e fosse avaliado por um terapeuta.
 
Will é claro acabou optando pelo acordo com o professor ao invés da prisão, e, isto foi para Will um reforço negativo, pois eliminou o estimulo aversivo da prisão.  Já para o professor que ajudou Will, acabou sendo para ele, professor, um reforço positivo, pois Will ajudava a decifrar seus teoremas e a formular suas aulas. Em relação à terapia, antes mesmo de passar com o terapeuta, pesquisava livros escritos pelos mesmos, para punir positivamente através de argumentos contrários e/ou zombando dos terapeutas, fazendo com que os mesmos desistissem de tratá-lo, conseguindo com isto, se esquivar do tratamento.  Mas por fim, um terapeuta não desistiu de tratá-lo, seu nome era Sean, amigo de Garry o qual indicou para tratar Will sua última esperança, que dizia que para tratar uma pessoa era necessário antes conquistar sua confiança.
 
E assim Sean foi, através da modelagem, ensinando novos comportamentos ao jovem, que na primeira consulta tentou de todas as formas, através da punição positiva, provocá-lo para que o terapeuta desistisse, mas diferente dos outros, Sean não mudou o seu comportamento operante de conversar, atendendo o jovem, onde fazia perguntas e o mesmo não respondia, criando resistência a extinção do seu comportamento operante de não falar. O terapeuta levou o para fora do consultório no jardim, onde falou um pouco sobre sua vida, reforçando positivamente o comportamento de prestar atenção do jovem.
 
Em outro encontro ambos ficaram em silêncio, Will não queria falar, então o terapeuta reforçou negativamente Will não falando nada também, ou seja, ao tirar sua fala, o terapeuta conseguiu reforçar Will a iniciar a conversar, pois não aguentou o silencio.  Mas aos poucos o terapeuta foi reforçando o comportamento de falar e se relacionar do jovem Will na terapia. Além disto, Will se condicionou, através da necessidade filogenética de amizades, mais a sua historia ontogenética, a um grupo de amigos, como se esses amigos fossem a sua própria família que o mesmo não tinha, e, este grupo de amigos também reforçava positivamente ainda mais o comportamento agressivo de Will, ajudando ele a agredir outras pessoas.
 
Em certa ocasião num bar com seus amigos conheceu uma garota chamada Scarlet, bonita, extrovertida e inteligente. Os dois começaram, através da aproximação sucessiva, de uma amizade a namorar, de beijos e caricias a ter relações sexuais, mas sem planos futuros. Quanto ao emprego, Gerry o selecionava para diversas entrevistas, mas Will recusava se esquivando de todas as propostas, pois era condicionado por um esquema de reforço continuo de sempre trabalhar como operário na obra junto com seus amigos.                                                                                                                                                      

Mas os dias foram passando, e Sean, através de esquema de reforçamento intermitente imposto por Gerry pela pressão de precisar dos relatórios para levar ao juiz, tentava explicar a Gerry que se pressionasse Will ele poderia ir embora (fuga) e não voltar mais, generalizando ainda mais o seu comportamento de não confiar em ninguém, por ter sido órfão e não ter amor de pai e mãe, abusado e espancado em sua infância, sendo assim punido negativamente, pois não teve pai e mãe, e punido positivamente, pois nos lares adotivos foi agredido.
 
E foi assim que Sean foi conquistando cada vez mais a confiança de Will, reforçando positivamente ao falar de sua esposa que já havia falecido, (filogenética) e, que a amava (filogenética) e que não pretendia se casar novamente, fazendo com que Will tivesse o comportamento operante de falar também sobre sua garota que foi embora e o amava, mas que ele preferiu não acompanhá-la, se esquivando, com medo (filogenética) de ser abandonado por ela. Em uma conversa profunda Sean mostrou a Will que tudo que aconteceu em sua vida não era sua culpa, e assim Will desabafou descarregando todas as suas emoções para o analista, que por sua vez conseguiu reforçar positivamente ainda mais, abraçando-o.                                                                                                                                              
Depois de tudo isso, Will teve o seu comportamento mudado resolvendo aceitar a proposta do emprego formal, mas depois mudou de ideia, por causa do comportamento respondente de precisar de amor e sexo de sua namorada, e foi atrás dela para viver ao seu lado.