domingo, 28 de abril de 2013

Como se desenvolve a esquizofrenia e os sintomas iniciais que permitem identificar a doença esquizofrenica



A esquizofrenia provoca um alteração na percepção e no processamento de informações cerebrais que impedem que a pessoa perceba a diferença entre a realidade e as alucinações visuais ou auditivas, muito presentes em quem sofre da esquizofrenia. 

Existem tipos diferentes de esquizofrenia, como a esquizofrenia paranoide, esquizofrenia hebefrênica, esquizofrenia catatônica, entre outras.

Alguns sintomas da esquizofrenia podem ser notados nos indivíduos que iniciam o desenvolvimento desta doença e que pode ajudar familiares e amigos a identificarem o início precoce facilitando a busca de ajuda e de avaliação médica e psicológica.

A freqüência dos sintomas característicos de Esquizofrenia envolve uma faixa de disfunções cognitivas e emocionais que acometem a percepção, o pensamento inferencial, a linguagem e a comunicação, o monitoramento comportamental, o afeto, a fluência e produtividade do pensamento e do discurso, o impulso e a atenção, a capacidade de prazer com a própria vida e de realização de suas vontades.

De acordo com o DSM IV (2000), as causas da doença ainda não foram claramente definidas porém, graças ao avanço da ciência, foi possível observar várias alterações somáticas e cerebrais na esquizofrenia. A doença era vista como um fator hereditário e o maior índice de pessoas acometidas pela doença eram membros da mesma família. Posteriormente a doença foi vista como algo genético.

No DSM IV (2000), o conceito de esquizofrenia refere-se a “uma perturbação que dura pelo menos 6 meses e inclui pelo menos 1 mês de sintomas da fase ativa (isto é, dois [ou mais] dos seguintes sintomas: delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento amplamente desorganizado ou catatônico e sintomas negativos)” (p275). Pode-se citar como exemplo o indivíduo que apresenta um discurso desorganizado no qual a sua fala apresenta freqüente descarrilamento ou incoerência, associado a delírios ou alucinações.

A partir de dados do DSM-IV sobre estudo de famílias, sabe –se que existe um maior índice de ocorrência em parentes de pacientes esquizofrênicos, variando de acordo com o grau de parentesco, sendo que a maior chance de se desenvolver a doença será se ambos os genitores forem esquizofrênicos ou ainda se forem gêmeos monozigotos por possuírem todos os genes em comum. Portanto, a esquizofrenia não é uma doença que se pega, ela está diretamente relacionada a fatores genéticos. O diagnóstico envolve o reconhecimento de uma constelação de sinais e sintomas associados com prejuízo no funcionamento ocupacional ou social. A comparação entre o indivíduo e seus irmãos não-afetados pode ser útil para esta determinação e o progresso educacional freqüentemente está perturbado, podendo o indivíduo ser incapaz de terminar a escolarização.

A maior parte dos sujeitos doentes são incapazes de manter um trabalho por períodos prolongados de tempo e estão empregados em um nível inferior ao de seus pais. A maioria (60-70%) dos indivíduos com Esquizofrenia não se casam e mantém contatos sociais relativamente limitados. A disfunção persiste por um período substancial durante o curso do transtorno e não parece ser o resultado direto de qualquer aspecto isolado.