domingo, 10 de junho de 2012

Este pastor eu recomendo!



Por: Marcio Alves

O termo “existencialismo” surgiu só em 1940 através da mídia francesa da época, para designar aspectos sociais da vida francesa na qual os intelectuais estavam intimamente ligados, principalmente, Jean Paul Sartre.
Porém, muito tempo antes, a concepção filosófica do existencialismo já havia surgido através do grande filosofo e PASTOR PROTESTANTE dinamarquês Soren A. Kierkegaard. (Que pastor fantástico!)
.
A essência do existencialismo que todos “existenciais” concordam é:
Primeiramente a existência se entende como o modo ou maneira do homem ser e se colocar no mundo.
E, em segundo lugar, em como o mundo se coloca, apresenta e se dá em conhecer ao homem, isto é, a relação mundo-homem, homem-mundo é que o existencialismo vai se ocupar.

Para se entender o existencialismo, necessário é que venhamos entender o que é essência, pois o existencialismo parte da premissa contraria ao “essencialismo”.
Para o “essencialismo” o homem “é”, além, desta essência do “ser” é o que precede a existência humana. Nesta concepção, homem já nasce pronto e determinado a “ser o que virá e/ou tornará a ser o que na verdade já se é”. Com esta concepção de homem como essência, poderíamos mencionar teorias como a psicanálise e behaviorismo que são psicologias que enxergam o homem como uma estrutura já pronta.

Já para o existencialismo é a existência do ser que nasce sem essência no mundo de possibilidades e infinidades que construirá dia a dia a essência do ser no mundo.
Ou seja, é na relação do homem com o mundo, como sujeito da historia e na historia é que o homem se constrói, constrói o seu meio, e, é construído por ele.
A problemática do existir no mundo e para o mundo é que vai constituir o grande âmago de toda filosofia existencial e dos seus filósofos existencialistas. Inclusive é justamente o existencialismo que vai criar uma nova psicologia; uma psicologia humanista existencial.

A premissa de kierkegaard na verdade é uma critica aos pressupostos de Hegel que considerava a razão como centro de sua filosofia, que era reinante até então, pois para Kierkegaard, o existir humano não poderia ser reduzido e limitado pela razão “teorizante”, que enquadra e engessa o universo do existir da vida que é viva e dinâmica em uma caixa fria de idéias e conceitos.

Vale mais, para o filosofo dinamarquês, uma vida vivida em experiências, do que pensada e analisada pelo saber teórico, pois o que constitui a existência do “ser que esta sendo” e não “que é o que é” é a vivencia da pratica do existir no mundo enquanto experimentação.
Ou seja, a existência não somente precede a essência, como também a existência do existir humano está mergulhada na experimentação do ser no mundo antes mesmo de qualquer conhecimento teórico sobre o mesmo.

4 comentários:

  1. MÁRCIO

    Freud, certa vez afirmou: “Nossas mais elevadas virtudes desenvolveram-se, como formações reativas e sublimações de nossas piores disposições”. Em seguida advertiu: “a educação deve escrupulosamente abster-se de soterrar essas preciosas fontes de ação”.
    Como contraponto a seu texto, lá na C.P.F.G., que trata do existencialismo sartreano, eu tinha deixado um comentário que ficou sem resposta (rsrs). Vou trazê-lo à tona, porque o tema aqui é uma continuação do de lá:

    O livro “Psicanálise e Cultura: Uma Homenagem aos 150 Anos de Freud” (página 40) há algo emblemático que embasa a teoria do “inconsciente e seu conteúdo reprimido na infância” de que tanto Freud defendeu. Vamos lá:

    “ Ora, Freud habituou-nos a procurar a raiz da ambivalência no Complexo de Édipo, que pressupõe a coexistência de sentimentos ternos e hostis com relação ao pai. Seria banal, mas não inteiramente falso, dizer, a partir daí, que a relação de Sartre com a autoridade, inclusive a de Freud (de quem ele leu todas suas obras), foi modelada pela relação original com o pai. Mas o pai de Sartre morreu quando ele tinha apenas 1 ano de idade. Sartre teve depois como tutor o avô, e depois Manci - o padrasto (que o tirou do idílio com a Mãe que já durava doze anos). Ele odiava o padrasto ...“ (com não poderia ser, freudianamente, diferente- rsrs)

    Lá vai o mecanismo de defesa: Para Sartre a psicanálise não pode ser verdadeira, porque ela sujeita o homem à lei do Pai, e por essa via subordina o sujeito a determinismos que ele nem conhece nem controla.

    “ ...Foi a quase inexistência do pai na memória de Sartre que lhe deu uma identidade: a de órfão. Lá por dentro de si, secretamente, o menino Sartre gritava: “Pode me achar presunçoso, mas não: eu era órfão de pai. Filho de ninguém, eu fui minha própria causa”

    “Enquanto órfão, Sartre se transforma no arauto da liberdade integral, porque não recebe ordens de nenhum pai, vivo ou interiorizado. Daí sua filosofia que mostra o homem como totalmente livre.”

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  2. LEVI (deixei este comentário para você lá na confraria)

    Na verdade estava esperando o EDUARDO se manifestar primeiro, já que ele é um discípulo e defensor de Sartre.

    Mas já que você usou o contexto de Sartre contra ele, eu também irei usar o contexto de Freud contra ele, pois todos nós sabemos que Freud e toda sua teoria determinista foi influenciada pelo cientificismo, racionalismo e mecanicismo de sua época, inclusive, pela sua profissão de neurologista.

    Com a palavra seu discípulo Jung: (que segundo o EDUARDO, conseguiu superar o seu mestre...o que achas LEVI??)

    “a cosmovisão da Psicanálise é um materialismo racionalista; a cosmovisão de uma Ciência é essencialmente prática. E esta visão é inadequada para nós”.

    E que:

    “Se atribuirmos uma poesia de Goethe a seu complexo materno, se procurarmos explicar Napoleão como um caso de protesto masculino e um São Francisco de Assis como um caso de repressão sexual, apodera-se de nós um profundo sentimento de insatisfação. Esta explicação é insuficiente e não faz justiça à realidade e ao significado das coisas. O que são, afinal, a beleza, a grandeza e a santidade? São realidades de suma importância vital, sem as quais a existência humana seria tremendamente estúpida.”

    E mais ainda:

    “Essa dura crítica é devido aos pressupostos dessa teoria, voltada unicamente para a repressão sexual num sistema psíquico fechado em si mesmo. Mas para o NEUROLOGISTA S. Freud, era natural entender o cérebro como um mecanismo fechado em si mesmo e uma tabula rasa, pois em sua visão de mundo é somente através de estímulos físicos que o cérebro poderia perceber o ambiente a sua volta e chegar a um conhecimento sobre ele”.

    Fico no aguardo do que vem daí. (rsrssrrsrs)

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  3. Parabéns meu querido irmão, pelo compromisso da excelência em cada matéria postada.
    Que o doce Espírito Santo continue a usá-lo como vaso de bençãos.
    É uma honra apreciar excelentes mensagens.
    Uma semana abençoada ao amado irmão e família.
    Muita paz e saúde.

    Deixo o convite para visitar-me e participar do meu humilde blog, será uma honra tê-lo como seguidor.

    Em Cristo,

    ***Lucy***

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  4. podemos citar outros dois grandes teólogos existencialistas, Marcinho: Paul Tillich e Rudolf Bultmann, que junto com Kierkegaard formariam a trindade teológica existencialista...rsss

    Talvez você esteja reencontrando o seu caminho teológico...rss

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