domingo, 26 de fevereiro de 2012

Coisas para dizer ao meu filho antes de morrer (parte 1)

Por: Marcio Alves

Sabe aquela nítida sensação (ou intuição) de que eu posso morrer sem ter falado tudo que eu gostaria de ter dito (e que acho ser importante) para meu filho?
Pois é, sensação ou não, premonição ou não, mesmo muitas pessoas acreditando nisto, ou até testemunhando terem vivenciado tais experiências, eu mesmo não acredito, mas vai que acontece não é mesmo? (risos)

Alias, diga-se de passagem, que isto pode acontecer mesmo tendo uma “premonição” ou não, acreditando ou não, pois o que é a vida se não como um pó de areia assoprado e desfeito pelo vento do deserto?
Hoje nós estamos, mas amanhã de repente já não somos mais, ou só somos lembranças frágeis recordadas por pessoas também frágeis que logo passarão e com elas as lembranças que tiveram de nós e que nos faziam ainda ser “vivos”.

Por isto, escreverei esta serie de postagens, como uma forma de deixar escrito para meu filho de apenas quatro anos, como uma garantia que mesmo depois de morto, ele “ouvirá” minhas próprias palavras, e “diretamente” por mim, e não uma interpretação do que eu queria dizer.

Sendo assim, estas postagens carregam em si a intenção de serem cartas abertas dirigidas ao meu filho, aonde procurarei ser o mais transparente e sincero em minhas palavras.
Palavra estas, às vezes nua, crua, sem sabor e cheiro – tal como é a vida muitas vezes – mas sempre carregadas de muito afeto, carinho e ternura, pois estou escrevendo para meu filho.

A bem da verdade, é que não sei quantas postagens escreverei, pois esta idéia brotou em mim de modo natural e espontâneo, do mesmo jeito que serão as palavras escritas daqui para frente nas próximas postagens.

Só espero que meu filho não morra antes de mim, o que também é trágico, mas bem possível e verdadeiro, levando em conta o que nossa vida é: insignificante e passageira.
Pois a maior tragédia, não é o filho enterrar o pai, mas o pai enterrar o filho, apesar disto esta se tornando cada vez mais corriqueiro.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Morre Whitney Houston...quem será o próximo?




Por: Marcio Alves

Todos nós já enfrentamos fila alguma (ou algumas) vezes na vida...dependendo da cidade que você more, (como São Paulo) isto é uma coisa normal, o anormal seria você ir em um dia de domingo, por exemplo, a noite, em um cinema aqui em Sampa, e não pegar fila. Ou, em um banco de preferência Itaú ou Bradesco, na semana do pagamento, e não encontrar nenhuma fila...isto seria impossível...mas fácil é deus existir do que não ter algum tipo de fila aqui em São Paulo. (Eu mesmo já enfrentei uma, certa vez, para ir ao banheiro! Isto mesmo!)

Mas de todas as filas indesejáveis que existem, principalmente numa metrópole como São Paulo, aquela que temos mais medo e que todos nós, sem exceção, temos que enfrentar é a “fila da morte”, isto mesmo que você leu meu caro leitor.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vaidade das vaidades, tudo vaidade


Por Edson Moura
Dias desses recebi a visita de um grande amigo, aliás, dois grandes amigos, e por muitas vezes, no calor de nossos debates, refleti sobre temas que preferi não compartilhar com eles naquele momento. Agora, depois de passada a euforia de ter meus companheiros Marcio e Esdras dividindo o mesmo teto comigo, resolvi escrever sobre o que pensei naquele momento.  Ponderações sobre a velhice, a morte e o “ser feliz” num mundo já há tempos dominado pela indústria da beleza e sua falsa promessa de bem estar e eterna juventude me fizeram pensar sobre como estou conduzindo minha existência.
 
Ouvi dizer, ou talvez tenha lido em algum livro ou revista que certa feita Sócrates foi indagado ao observar atenciosamente e com profunda admiração sobre as coisas que punha os olhos. Sócrates teria respondido que, na verdade examinava quantas coisas supérfluas existiam, e que, portanto, eram prescindíveis à sua felicidade. Hoje certamente essas coisas são muito banais. De modo que não se precisa sair a cata dos encantos da sereia. Dentro desse universo do que é supérfluo estão inseridas as bugigangas mais variadas do não envelhecimento.