segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A fé como remédio para o desamparo


Nosso nascimento é constituído de uma ruptura bruta, onde a criança outrora se encontrava no aconchego, segurança e conforto que era o útero da mãe.
Quando ocorre isto, nasce a primeira marcante experiência do desamparo que irá nos acompanhar para o resto de nossas vidas, como condição inexorável de nossa 'condição humana.



"O problema dessa ilusão criada pelo religioso é que o remédio pode viciar a pessoa, deixando-a dependente e debilitada, portanto, quem prega Deus para as pessoas, prega a morte do Ser humano".



Devido principalmente a isto é que o ser humano religioso irá projetar em Deus, seu amor e desejo.

Amor, pois o imaginará como um pai super protetor, que cuida dele, ora livrando do mal, ora abençoando com bens materiais, e desta maneira, se sentido novamente confortável e seguro, só que desta vez, no colo de Deus.
Mesmo que as circunstancias sejam as mais adversas possíveis, pois criará mecanismos de defesas para sua fé.



"E também irá projetar seu desejo em Deus, pois o maior desejo humano é ser desejado pelo outro. Diante disto, se Deus existe na cabeça do religioso, logo seu maior desejo será ser desejado pelo maior Ser do universo".


Se o sujeito não foi impedido por "Deus" de passar por uma situação contraria em sua vida, aprenderá a justificar seu infortúnio, mas jamais questionará a sua fé na projeção que ele mesmo colocou em Deus.

Poderá dar muitas desculpas, entre elas “porque Deus sabe o que faz, e nós que não sabemos o porquê dele fazer”, ou “Ele está provando a minha fé”, ou ainda “É que faltou mais fé em mim para Deus operar”, ou mais ainda “É que ainda não chegou o tempo de Deus na minha vida”.



"Se o sujeito não foi impedido por Deus de passar por uma situação contrária em sua vida, aprenderá a justificar seu infortúnio, mas jamais questionará a sua fé na projeção que ele mesmo colocou em Deus".


E também irá projetar seu desejo em Deus, pois o maior desejo humano é ser desejado pelo outro.
Diante disto, se Deus existe na cabeça do religioso, logo seu maior desejo será ser desejado pelo maior Ser do universo.
Tendo mais uma vez, alivio e conforto, como um remédio sobre a dor do desamparo.

O problema dessa ilusão criada pelo religioso é que o remédio pode viciar a pessoa, deixando-a dependente e debilitada, portanto, quem prega Deus para as pessoas, prega a morte do ser humano.



"....o Ser humano religioso irá projetar em Deus, seu amor e desejo".



Quando digo morte do ser humano, eu quero dizer morte de sua potencialidade e capacidade...Quando a sua fé em Deus o torna cômodo com a situação adversa em sua vida, pois sempre jogará para as costas largas de Deus, a responsabilidade de resolver seus problemas, anulando assim, toda potencialidade e capacidade humana.

O homem não precisa de Deus, muito menos do Deus de sua imaginação.

O que ele precisa é em si mesmo de encontrar fazendo seu próprio sentido na vida, de peito aberto e com coragem existencial enfrentando a dor do desamparo, pois se não, sempre se tornará refém da religião que manipula as pessoas, justamente em nome do Deus coletivo imaginario.


Por: Marcio Alves

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Deus não existe!



Por Edson Moura

Primeiramente, quero deixar claro que o texto abaixo exposto, reflete o pensamento de apenas um dos autores deste blog, portanto não deve ser associado à pessoa do Marcio Alves e sim, apenas ao Edson Moura.

Procure entender o pensamento de um existencialista ateu. Ele tenta dizer que Deus não existe e que existe apenas um ser cuja existência precede a essência, a saber...o homem. Como diria Dostoievsk: “Se Deus não existisse tudo seria permitido”. O homem “abandonado” e “sozinho” no mundo, sem um criador no qual possa se amparar é o seu próprio criador.

O homem é o que é. Ele se constrói a partir do nada e por isso vive de angústias, de náuseas, como diria Sartre. “Tentando ser”, o homem depara-se com o desejo de ser Deus e com a angústia de jamais poder sê-lo. A idéia de Deus para o homem é de onipotência e onisciência, e o desejo de sê-lo representa ser e compreender tudo, não sofrer limites e condicionamentos, realizar-se em todos os sentidos possíveis.

Mas Deus não resolve nada. Esta é a base de todo ateísmo sartreano. Ele julgava que Deus não ajudava ou colaborava com as realizações ou problemas humanos, porque toda e qualquer experiência que o homem realiza, seja ela boa ou má, quer o leve ao prazer...à angústia ou até mesmo à náusea, é de sua inteira responsabilidade. O homem é só e, como tal, é responsável por tudo o que fizer, pois o nada de onde vem o persegue por toda a “eternidade”.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A existência do trágico, o trágico da existência!

O que é ou quem é o Ser humano? Qual seu valor para o mundo? Qual o seu significado para o universo?

Tirem a alma eterna do homem e ele será apenas um bicho como qualquer outro animal, sendo muito mais trágica sua existência devido a sua racionalização consciente de sua finitude e morte.
Olhem para o cachorro ou qualquer outro animal, e veja que eles são muito mais felizes do que qualquer um de nós, justamente por nada saberem e não saberem que nada sabem.

(A criança também é um grande exemplo disto, elas são os seres mais felizes do mundo, até o sete ou oito anos, que é a fase da descoberta, onde ela começa a se sentir sozinha, desamparada no universo e a se perguntar: Da onde eu vim? Quem sou eu? Por que estou aqui? E para onde vou?)

O homem descobriu com o passar do tempo que ele não é mais a medida de todas as coisas, sofrendo três duros golpes ao longo da historia humana.....o primeiro foi com Copérnico com sua descoberto de que a terra não é o centro do universo, sendo que ela é quem gira em torno do sol, depois Darwin com sua teoria da evolução desferiria o segundo e grande duro golpe na onipotência humana, e finalmente, Freud no século passado, com sua recém descoberto do inconsciente humano, tirando o homem de sua própria centralidade, mostrando que nós não conhecemos nem a nós mesmos, sendo cada Ser um Ser constituído de universos caóticos particulares e desconhecido.

A verdade também é que nossa falta como nossa não existência não faria como realmente não faz falta ao mundo, mesmo quando nós tentamos nos alto enganar dizendo que nossa vida faz sim, falta para nossos familiares e amigos, mas pense comigo: A vida também de seus familiares e amigos não fazem falta para o mundo, e, portanto, conseqüentemente, sua vida também continua não fazendo falta da mesma maneira ao mundo.

Outro drama de nossa existência é que nós inevitavelmente iremos todos morrer um dia, e junto de nossa morte, se perderá com ela as lembranças de que um dia existimos, pois mesmo que digamos que seremos lembrados pelas pessoas que nos amam, elas também irão morrer e com elas as lembranças de nós.

O que falar então dos nossos desejos, que se consumidos nos leva ao tédio, mas se não satisfeitos, nos levam a frustração?

Diante de todo esse cenário trágico da existência humana, a maior de todas as virtudes, sem duvida alguma é a coragem!
Coragem de Ser e continuar sendo, mesmo sabendo dos riscos, da insignificância e falta de sentido que tem em se viver, pois isso, a falta de sentido é que dará paradoxalmente, sentido mágico, belo e misterioso para nosso existir.

A coragem é que separa os heróis do resto da humanidade....aquele que consegue se levantar, erguendo se além do banal da existência, que olha no olho da tragédia do existir, e consegue mesmo assim, sorrir, dançar e cantar enquanto esta ao mesmo tempo caindo olhando para dentro do abismo, este é o herói que emerge mesmo na tragédia.

Portanto, se podemos dizer que existe uma chave para se viver a existência, ela é o equilíbrio entre a alegria não tão fantasiosa, e a tristeza não tão desesperadora, pois quanto menos ilusões tivermos na existência, mais digerível será as contingências da vida.

Gosto muito da idéia grega das Moiras que tecem o destino tanto dos homens quanto dos deuses, acho até que esse mito sintetiza perfeitamente a idéia do trágico da existência, pois justamente quem tece o destino de todos é cega.....e isto é a vida não é mesmo? Nua, crua e sem sentido algum.

Às vezes privilegia os fracos em detrimentos dos fortes, os maus em detrimento dos bons, e assim por diante, por isso que a idéia do trágico corrói aniquilando toda e qualquer utopia, pois no final das contas, não importa como você viva, o que você faça, pois tudo acabará no nada da existência....portanto, a vida pela própria vida e não uma idéia abstrata perfeita de como viver a vida que nós devemos viver, pois a vida.....ah, a vida é a vida tal como ela é!


Por: Marcio Alves

domingo, 12 de setembro de 2010

Sua opinião é sua mesmo?

Quando lemos “A República de Platão” constatamos uma dura condensação ao sistema democrático ateniense. Ele constatou um problema que se eternizou por toda a história da democracia; a “doxa” como critério e seus efeitos perversos.

Este conceito grego (doxa), que hoje podemos traduzir por opinião, era utilizado como instrumentos pelos sofistas, inimigos da filosofia platônica. Através de um caloroso discurso que envolvia apelo emocional e uma retórica sem muitos fundamentos, esses sofistas controlavam a opinião pública. E quem forma a opinião, em uma democracia, controla a política. Essa forma de controle nem sempre é racional, por isso não tem comprometimento com a verdade, na visão dos filósofos gregos.

Jean-Jaques Rousseau, em carta ao filósofo D’Alembert, afirmou categoricamente que o homem moderno vive quase sempre alheio de si mesmo. Em sociedade, vivemos muitas vezes sob a ditadura invisível da opinião dos outros. Para o Rousseau, os nossos gostos para comida, roupa, religião e parceiros matrimoniais quase nunca levam em consideração o nosso mais profundo e verdadeiro afeto.

Na verdade, para o homem burguês civilizado, a verdade sobre si mesmo já não importa mais. A opinião pública é o que determina o que nós devemos gostar ou sentir. A aprovação dos outros é o parâmetro garantido do certo e do errado...e do que é bom ou ruim para nossas vidas. Por fim, ele afirma categoricamente que é a avaliação do outro, manifestada sob a forma de opinião pública, que define se nós realmente somos felizes.

Filósofos como Denis Diderot, em sua época, perceberam não só a importância da opinião pública para a vida pessoal, como também as conseqüências que a recém criação dos panfletos e dos jornais impressos teriam. Hoje, os meios de comunicação de massa, em especial a televisão, se tornaram provas incontestáveis do quase acerto de Diderot. Quase. O único detalhe, é que os meios de comunicação nunca se preocuparam em oferecer uma influência esclarecedora e virtuosa.

Como a mais importante formadora de opiniões do século XX, a mídia se aliou aos dominantes e ao discurso senso comum para poder sobreviver. Sua postura e sua linguagem foram essenciais para garantir índices de audiência e de lucro satisfatórios.

É preciso deixar claro que a opinião pública não é a somatória das opiniões individuais, como muitos meios de comunicação querem nos fazer crer. As estatísticas sobre a avaliação do governo, dos votos para presidente, das pessoas que gostam de chocolate, do consumo de gordura por habitante ou da satisfação com o matrimônio não revela em nada o que cada um realmente sente ou pensa. O que temos na verdade é ‘um punhado de gente que seria, em teoria, representantes de milhares de pessoas.

Fica então uma pergunta: Será que nossa opinião realmente é “nossa” opinião? Ou será que apenas seguimos aquilo que o senso comum nos diz que devemos fazer...ser...ou ter?

Edson Moura

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A Felicidade do Ser que é Feliz




Ser feliz é bastar em si mesmo com sua alma, se contentando consigo mesmo, viajando para dentro do seu próprio ser.
É muito mais um estado de espírito do que propriamente de situação, momento ou circunstancia.

É muito mais um caminho a percorrer, maneira de vida de se viver, do que um lugar ou objetivo a ser conquistado.
Tem haver muito mais com o contentamento, onde o sujeito sabe viver de acordo com cada situação e momento.

A felicidade vem, quando aprendemos adequar os nossos desejos ao mundo, já a infelicidade vem no sentido contrario a isto...quando nós queremos por que queremos e lutamos para adequar o mundo transformando o mesmo pelos nossos desejos.

Ser feliz é buscar integrar nosso interior adaptando o mesmo com nossa realidade de mundo exterior, e não buscar impor nosso interior ao mundo exterior.

Felicidade está muito mais ligada à percepção e concepção de como vemos, sentimos e buscamos ser feliz.
Em nossa cultura ocidental, ser feliz é ser rico, famoso, bonito ou ter um corpo perfeito, já no oriente, ser feliz está muito mais ligado com a meditação, tranqüilidade, paz e harmonia interior.

Ou seja, se buscarmos ser felizes segundo os critérios padronizados pela nossa cultura ocidental, estaremos muito provavelmente, condenados a infelicidade, pois a felicidade de nossa cultura é aristocrata, premiando somente a minoria, enquanto a maioria fica chupando os dedos, pois o sucesso que virou o sinônimo de felicidade por definição é para poucos, por isto mesmo é sucesso, se todo mundo fizesse sucesso já não seria mais sucesso, mais uma coisa comum e corriqueira.

Por isso sou totalmente a favor da felicidade democrática que é aquela em que o sujeito não depende da sociedade e cultura para ser feliz, ela pode construir sua própria concepção de felicidade, mudando o padrão herdado do meio em que vive, para ser feliz vivendo a vida pela própria vida em si.

O grande problema da felicidade não está ligado a circunstancias externas, mas com nosso mundo interior de pensamentos e sentimentos.

Em geral, o ser humano vive buscando fora dele a felicidade, sempre postergando para o futuro, dizendo: “Quando eu comprar aquela casa, ai eu serei feliz” ou “Quando comprar aquele carro importado e ai que eu serei feliz” ou mais ainda “Quando comprar aquela casa....fizer aquela viagem.....casar com tal pessoa.....tiver um filho” e assim por diante.

Conclusão triste, porém verdadeira é que ou vamos viver a vida inteira buscando não encontrando e morrendo sem a tal sonhada felicidade, ou quando achamos que encontramos, nós nos veremos frustrados por vermos que apesar de alcançarmos o objeto desejado, contudo, não nos tornamos felizes.

Isto se dá também porque confundimos sempre prazer com felicidade, sendo que os dois são diferentes, pois enquanto o prazer é momentâneo, uma sensação muito forte de intensidade, que pode variar entre um pico muito alto de prazer como também um vale de desprazer, a felicidade é um estado simples, porém constante e duradouro, sendo leve como o vento.

Se a felicidade está ligada a maneira de ver, sentir e viver a vida, o que você esta esperando para ser feliz?
Seja feliz agora, com ou sem aquele objetivo alcançado, pois talvez a vida não espere você ser feliz no futuro!


Por: Marcio Alves

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Para quê preciso da Filosofia?

A Filosofia, desde a sua origem, quer conhecer as coisas, e com este desejo em mente, saber da descrição da vida. Tudo que diz respeito ao homem, à vida do homem, ao mundo do homem, aos contextos humanos...interessam à Filosofia. Partindo-se deste princípio, o homem começa a filosofar quando tropeça numa pedra. Esta pedra é um problema que o faz parar sua caminhada: “O que é isto que eu não conheço?” Isto só é um problema porque está presente em minha circunstância. Este homem se põe a pensar sobre o que desconhece e assim, procura conhecer esta pedra para que ela faça parte do seu "horizonte" de objetos familiares, e assim, deixe de ser ignorante diante deste objeto. Fazemos sempre este mesmo movimento para conhecer.

O filósofo é aquele que, diante de um problema que está em sua realidade concreta, em sua circunstância, faz uma reflexão “radical, rigorosa e de conjunto”, ou seja, o filósofo procura as raízes de um problema através de uma investigação sistemática e relaciona-o a vários aspectos da situação que lhe deu origem. Esta é uma das maneiras que eu e meu sócio Marcio Alves encontramos de levar nossos leitores a fazerem um exercício filosófico pensando sobre temas que estão presentes em suas realidades e mostrando  o pensamento filosófico como possibilidade de diálogo .

Nosso "método filosófico" muitas vezes é incoerente, mas, por sabermos que não estamos lidando com crianças, usamos de uma sistematização cronológica do pensamento de alguns filósofos, e fazemos então recortes dos diversos problemas abordados por eles, e apresentamos uma visão, mais ou menos esquemática de cada tema, sem relacioná-los entre si. Portanto, o que fazemos, nada mais é do que uma abstração de conceitos filosóficos, pois assim, não ficamos presos a apenas uma linha de pensamento filosófico.

Muitos devem se perguntar:
Quem formula os conceitos filosóficos?
A resposta é bem simples:
Os homens. E onde estão os homens que pensaram nos conceitos filosóficos? Em quais circunstâncias estavam inseridos os homens que fizeram filosofia?

A verdade é que não existe filosofia sem os homens que a propuseram. Não há história da filosofia se retirarmos os homens que a fizeram, abstraindo-os daqueles contextos. Só é possível a história da filosofia quando se compreende que a história das idéias é a história da consciência do homem. Nosso ideal maior é levar o leitor a refletir sobre o mundo, a partir do pensamento de outros homens, os filósofos, de maneira a trazer para o sistema de idéias justamente os contextos nos quais as idéias surgiram. Não é nada fácil.

Filosofar é exercitar o pensamento lógico, crítico, aguçado. É com a Filosofia que aprendemos que pensar é algo importante para o homem, algo mais elaborado, pois está além da repetição de outros pensamentos e teorias. Filosofar é a atitude de quem tem coragem de interrogar a si mesmo e ao mundo ao seu redor, de desvendar escolhas, experiências, desmitologizar crenças, ou seja, viver a máxima dita pelo oráculo de Delfos: “conhece-te a ti mesmo”.

Quando fazemos uso da filosofia, temos por objetivo, entre outras coisas, desmascarar a realidade usando a própria realidade como matéria prima, ou seja, usamos as experiências de discussões do "mundo concreto" em que vivemos com nossos amigos e parentes para, a partir daí, discutir assuntos e temáticas que compõem o dia-a-dia de nossos leitores e de qualquer um que se disponha a conversar, porque o processo de aprendizagem da filosofia passa diretamente, pela criatividade com que “manipulamos” assuntos tão sérios como a Morte, a Dor, a Ética, a Moral e a existência em si.

É a Filosofia que nos permite a "leitura" e a "expressão" do mundo. Digo leitura porque através das "lentes filosóficas" do momento em que vivemos, interpretamos o mundo que conseguimos perceber. Digo expressão porque é através do que compreendemos, que conseguimos transformar a realidade em que vivemos.

Caro leitor, para quê você precisa da Filosofia?

Edson Moura